sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Com variação de 5,9% em 2010, inflação oficial registra maior alta desde 2004

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, desacelerou e subiu 0,63% em dezembro, contra variação de 0,83% em novembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira.

Ainda assim, a taxa acumulada no ano de 2010 bateu em 5,91%, maior variação desde 2004 e patamar superior ao centro da meta do governo de 4,5%, com intervalo de dois pontos para cima ou para baixo.

Após forte pressão em novembro, quando o índice mensal registrou a maior alta desde abril de 2005, o IPCA perdeu força na esteira da menor pressão dos alimentos. O grupo alimentação teve avanço de 1,32% em dezembro, abaixo da taxa verificada em novembro (2,22%).

A desaceleração ocorreu graças à perda de fôlego de preços como o de carnes (2,25%) e feijão carioca (-16,45%).

No fechamento de 2010, porém, os alimentos foram os vilões da inflação, registrando alta de 10,39%, o que corresponde a 40% do IPCA do ano. As altas de maior peso ficaram com feijão (51,49%), carnes (29,64%) e refeição fora de casa (10,64%). A carne foi o item que mais contribuiu para a alta anual do IPCA.

Já os produtos não alimentícios apresentaram inflação de 0,42% em dezembro, quase a mesma taxa de novembro (0,41%). As pressões de destaques ficaram com passagens aéreas (7,61%) e o grupo transportes (0,29%).

Apesar da alta de 4,61% no ano, pouco abaixo de 2009 (4,65%), os não-alimentícios ajudaram a segurar a inflação de 2010. As altas de destaque ficaram com empregados domésticos (11,82%), mensalidades escolares (6,64%) e aluguel (7,42%).

Pressionado pelos alimentos, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado entre as famílias de menor renda (até seis salários mínimos), teve elevação de 0,60% em dezembro e de 6,47% em 2010.

O índice teve variação maior do que a do IPCA porque o grupo alimentação tem peso maior no orçamento das famílias de rendimento mais baixo.

Um comentário:

  1. Com a alta dos preços a ritmo constante e com pouca perspectiva de recuo, aonde iremos parar? Há tempos que o pobre mal tem dinheiro para comer. Carne é item de luxo em várias famílias. Quando vamos ao açougue levamos um susto ao ver os preços..
    O ônibus recebe nova alta na tarifação. E por aí vai a lista infidável de produtos e serviços que aumentam de preço, menos é claro, o nosso salário.
    E você, o que tem a dizer sobre a inflação galopante que presenciamos todos os dias?

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