segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

'Nós já imaginávamos que seria ele', diz tio de Bianca Consoli sobre prisão de cunhado

Luiz Bicudo, tio de Bianca Consoli, disse que a família está aliviada com a prisão do motoboy Sandro Dota, suspeito do assassinato da jovem de 19 anos. O homem é cunhado da vítima e foi preso na noite desta segunda-feira (12).

Em entrevista à Rede Record, Bicudo afirmou que a família da Bianca estava ansiosa para ver o suspeito do crime preso.

- Volto a dizer, queríamos ver este crápula na cadeia.

Ainda de acordo com  o tio da garota, os parentes mais próximos já imaginavam que o motoboy era o culpado. 

- Ele começou a ter várias atitudes suspeitas. Primeiro, falou [durante entrevista]: 'Agora, é lei do silêncio', ameaçando vizinhos e pessoas que pudessem saber de algo. Depois, questionou a necessidade de uma perícia. Por fim, contratou um advogado. Para que ele precisaria de alguém para defendê-lo se era da família, tão vítima como todos nós?

Bicudo afirmou ainda que a irmã de Bianca, mulher de Dota, está fragilizada e não acredita que o marido possa ter cometido tal crime. Ele contou ainda que a família investigou Sandro e descobriu que ele gostava de mexer e dar cantadas em "menininhas bonitas na rua".

A prisão do cunhado acontece três meses após a morte de Bianca. Segundo o promotor do caso, Antonio Nobre Folgado, um dos laudos comprovaram que o sangue que Bianca tinha embaixo das unhas é o mesmo que Dota tinha na calça que usava no dia do crime. Folgado pediu a prisão preventiva na Justiça e denunciou Dota por homicídio triplamente qualificado.
Crime
O corpo de Bianca foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída da casa onde moravam, no dia 13 de setembro. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir para a academia.

Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada por ela, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram encontradas mechas de cabelo pelos degraus.


























sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A polêmica Lei da Palmada...

SÃO PAULO - Quando a palmada não deixa marcas, a aplicação do castigo físico terá de ser comprovada por testemunhas, depoimentos ou laudos psicológicos. E vai depender da interpretação do juiz responsável pelo caso. Ele é que definirá se basta um tapa para o pai ou educador ser considerado um fora da lei ou se a punição será aplicada somente em casos de reincidência. Segundo o promotor de Justiça Wilson Tafner, a Lei da Palmada exclui a necessidade de comprovação da violência por meio de arranhões, hematomas ou vermelhidão pelo corpo da criança e do adolescente. 'A definição agora é outra. Castigo corporal passa a ser qualquer ação que resulte em sofrimento. É o mero uso da força física com a suposta intenção de educar', explica. Sem provas documentadas ou flagrantes, a Justiça pode enfrentar dificuldades para estabelecer culpas e definir punições, segundo o advogado Nelson Sussumo Shikicima, presidente da Comissão de Direito da Família da OAB. 'Como consequência, a aplicação da lei não será fácil. E, então, pode ser que ela nem aconteça na prática', diz. De acordo com especialistas, evitar a omissão é outro desafio imposto pela nova legislação. Isso porque a Lei da Palmada determina que profissionais das áreas da saúde e da educação, como médicos e professores, relatem às autoridades casos de castigos conhecidos nas escolas, creches, consultórios ou hospitais. Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já prevê essa comunicação, até com o pagamento de multa em caso de omissão (de três a 20 salários mínimos), mas em casos conhecidos de agressão. Quando a violência é extrapolada a ponto de levar a criança ao médico, o caso é facilmente observado e, por isso, comunicado. O mesmo não ocorre diante de um castigo mais discreto, como um beliscão ou um puxão de cabelos praticado dentro de casa, sem testemunhas. Para o promotor Tafner, no entanto, a aprovação da proposta forçará as pessoas envolvidas na criação de uma criança a prestar mais atenção no seu comportamento. 'Acredito que isso acontecerá como um reflexo natural.' O resultado mais importante, porém, segundo ele, é o preventivo. 'O grande mérito dessa lei deve ser a mudança de mentalidade. Não acredito que os pais deixarão de impor limites. Isso é absolutamente necessário para se educar um filho. Mas não é preciso retroagir, apelar à palmada, que só oferece efeito imediatista e não resolve nada.' Denúncia. Relatos sobre a aplicação de castigos contra crianças e adolescentes deverão ser feitos a conselhos tutelares ou representantes da Justiça, que serão responsáveis pela comprovação da violência. As regras para a punição de pais que usam da violência aguda dentro de casa também continuam as mesmas. Apenas casos de maus-tratos - e não palmadas - poderão render prisão e perda do poder familiar. OS PRINCIPAIS PONTOS Castigo físico Como é: Não há definição específica no texto atual do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Como fica: Define castigo como ação de natureza disciplinar, com uso da força física, que resulte em sofrimento ao menor Exemplos de castigo físico Como é: Não há definição sobre o tema Como fica: São as punições moderadas, como palmadas, beliscões, empurrões e puxões de cabelos Punição Como é: Só há punição para casos comprovados de maus-tratos, que rendem até prisão Como fica: Acompanhamento psicológico e até aplicação de advertências judiciais

domingo, 18 de dezembro de 2011

Enfermeira que espancava o cachorro se contradiz

Após o vazamento do vídeo em que aparece agredindo seu cachorro da raça yorkshire em Formosa (GO), a enfermeira Camila de Moura evita sair de casa, mas parece que não está sabendo lidar com a revolta dos internautas nas redes sociais.

No microblog Twitter, os usuários criaram a tag “coisas para se fazer com quem mata cachorro” para atacar a enfermeira. No perfil supostamente atribuído a Camila, ela rebate as ameaças enviadas pelos internautas, mas se contradiz: uma hora parece estar com raiva e em outra, com depressão. No sábado (17), no perfil, as mensagens zombavam da revolta na rede social: “#coisasprasefazercomquemmatacachorro ?? Alem de que o twitter nunca conseguiu nada! Podem, xingar, denunciar, nada vai acontecer”. Em outro comentário, a enfermeira usa as farpas para se defender: “Vocês dizem que vão me matar. É certo matar pessoas?”.

Outros comentários da enfermeira pediam respeito e que os seguidores do Twitter a deixassem em paz. Na madrugada deste domingo (18), Camila se dizia com depressão e arrependida pelo que fez. “Estou indo dormir, estou muito mal ainda, aquelas cenas não saem da cabeça. Que Deus me ajuda a superar. Tenham uma boa noite”.

Na rede social Facebook , já se espalhou entre os internautas um link de um abaixo-assinado contra a enfermeira. O texto, que é direcionado a Polícia Civil e à Prefeitura de Formosa (GO), pede pena máxima pelo crime.

Investigação

De acordo com o delegado que investiga o caso, Carlos Firmino, além dos maus-tratos ao animal, a mulher terá que responder por outro crime, já que cometeu as agressões na frente da filha pequena. Por isso, a Delegacia da Criança e da Adolescência também acompanha as investigações.

A menina deverá passar por tratamento psicológico e a mãe, caso seja condenada, poderá até perder a guarda da criança.

Entenda o caso

A enfermeira Camila de Moura é investigada por espancar o seu cão da raça yorkshire na frente da filha pequena em Formosa (GO). As cenas foram gravadas por uma vizinha no dia 13 de novembro e vazaram na internet. O cão morreu dois dias após os maus-tratos.

A Polícia Civil da cidade passou a investigar o caso. Segundo delegado, a enfermeira já prestou depoimento, e teria dito que estava estressada com o cachorro. Ela pediu para responder apenas por crime ambiental.

No inquérito policial constam também os relatos de alguns vizinhos, que dizem que o cachorrinho já havia sido agredido pela dona outras vezes.

Por estar colaborando com a polícia, ela não foi autuada em flagrante e deverá responder ao inquérito em liberdade.