terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Busca de dados sobre saúde online é popular, mas causa riscos

LONDRES, 4 de janeiro (Reuters Life!) - O número de pessoas que procuram orientação sobre saúde na Internet deve subir muito à medida que os trabalhadores voltam das festas de fim de ano, mas poucos irão checar a origem da informação, segundo uma pesquisa internacional divulgada nesta terça-feira.
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Um estudo de pesquisadores da London School of Economics (LSE) encomendado pela empresa Bupa, do setor privado de saúde, mostrou que com os notebooks e smartphones prestes a superar os computadores em 2012, mais informação sobre saúde está disponível online e há mais meios de acessá-las do que antes.

A pesquisa da Bupa Health Pulse ouviu mais de 12 mil pessoas na Austrália, Brasil, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Rússia, Espanha e Estados Unidos e descobriu que 81 por cento das que têm acesso à Internet usam a rede para obter orientações sobre saúde, remédios ou condições que requerem cuidados médicos.

Os russos são os que mais buscam orientação na Internet, seguidos pelos chineses, indianos, mexicanos e brasileiros. Os franceses são os que menos recorrem às informações online sobre saúde, de acordo com o levantamento.

O estudo também constatou que 68 por cento dos que têm acesso à Internet a utilizam para buscar orientação sobre determinados remédios e 4 em cada 10 procura informações a respeito de experiências de outros pacientes sobre um problema de saúde.

"As novas tecnologias estão ajudando mais pessoas em todo o mundo a saber mais sobre sua saúde e tomar decisões mais bem fundamentadas. No entanto, as pessoas precisam se certificar de que a informação que encontram as ajudará a melhorar, e não a piorar", disse o pesquisador sênior David McDaid, da LSE.

Na Grã-Bretanha, onde a Bupa prevê que haverá 40 milhões de acessos a websites de saúde esta semana, já que as pessoas tentam cumprir as resoluções de ano-novo, os especialistas alertam que muita informação sobre saúde encontrada na Internet não é checada e os usuários terão dificuldade em saber no que confiar.

Segundo a pesquisa, dos 73 por cento dos britânicos que dizem utilizar a Internet para obter orientação sobre saúde, mais de 6 entre 10 procuram dados sobre remédios e mais da metade (ou 58 por cento) usam essa informação para se diagnosticar.

Mas somente um quarto das pessoas dizem checar a origem da orientação online.

"Confiar em informação enganosa pode facilmente levar as pessoas a assumir riscos com tratamentos e exames inadequados, desperdiçar dinheiro e ter problemas desnecessários", afirmou Annabel Bentley, diretora médica da Bupa.

"Além disso, as pessoas podem fazer uma checagem online e desconsiderar sintomas graves, em vez de buscar orientação com um médico."

(Reportagem de Kate Kelland)

Um comentário:

  1. Realmente, em se tratando de saúde, não há dúvidas que o melhor é recorrer ao médico. Mesmo que um site confiável escreva artigos sobre saúde, dificilmente se poderá fazer uma análise minuciosa e fiável do paciente apenas por palavras escritas.

    Na dúvida, consulte seu médico.

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