terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Biblioteca de SP reabre com protesto contra tarifa de ônibus

A reabertura da biblioteca Mário de Andrade nesta terça-feira, feriado de aniversário da cidade de São Paulo, foi marcada por confusão e protesto contra o aumento da tarifa de ônibus. No último dia 5, a passagem foi reajustada de R$ 2,70 para R$ 3 --aumento de 11%.

Ao menos dez manifestantes do MPL (Movimento Passe Livre) driblaram a segurança e conseguiram entrar no espaço. Engataram, então, gritos de guerra contra o novo preço do transporte coletivo. "Ei, Kassab, vai pegar busão!", dizia um deles.

O protesto começou no momento em que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) pegou o microfone para falar. Um dos manifestantes, exaltado, foi agarrado e agredido por seguranças. A Polícia Militar foi acionada para retirá-lo da biblioteca. Houve gritaria e empurra-empurra durante o protesto.

"O movimento quer questionar esse aumento absurdo de tarifas que só exclui as pessoas. Como as pessoas vão chegar aqui, por exemplo, se têm que pagar uma passagem a R$ 3?", disse Nina Cappello, uma das manifestantes.

Para efeito de comparação com o aumento da tarifa (11%), a inflação em 2010 na cidade foi de 5,83%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O governador Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra (PSDB) também estavam presentes no evento. O dia foi para troca de gentilezas.

Kassab disse que devia a Serra a iniciativa de priorizar a reforma da Mário de Andrade. O tucano devolveu o agrado afirmando que coube ao prefeito terminar o projeto.

Em 2008, Kassab foi pivô de desavenças entre Serra e o atual governador.

Alckmin, na época, concorria à Prefeitura, mas amargou o terceiro lugar na disputa. Não teve apoio do colega de partido e então governador, Serra --que chancelou a candidatura do democrata.

No começo da tarde de hoje, prefeito e governador estiveram juntos em cerimônia que homenageou o ex-vice-presidente José Alencar.

PASSE LIVRE

O MPL já tinha organizado outros dois atos nas últimas duas semanas. Na quinta-feira passada (20), entre 3.000 e 3.500 pessoas participaram de uma passeata na avenida Paulista (região central de São Paulo).

No dia 13, outro protesto terminou em confronto com a Polícia Militar na praça da República. Houve discussão, um manifestante acabou detido, e em seguida teve início um tumulto generalizado. Policiais usaram munições de borracha e spray de pimenta contra os manifestantes, que revidaram jogando pedras e garrafas.

Um comentário:

  1. È complicado quando as pessoas se aproveitam de uma situação oportuna para reclamar de outra coisa. E pelo visto, não é a primeira vez.

    Mas você talvez tenha uma opinião diferente.. ou conclua a mesma coisa. Opine.

    ResponderExcluir

Não deixe de participar! Deixe aqui seu opinião!!