A invasão de celulares clandestinos da China virou problema para as teles. Hoje, 20% das 202,9 milhões de linhas no país usam aparelhos sem certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), informa a reportagem de Julio Wiziack e Camila Fusco publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Entre os clientes pré-pagos, o índice atinge 40% em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Os números, apurados pela agência e as operadoras, refletem um aumento de 67%. Em meados de 2010, pesquisa com um terço dos celulares ativos projetou que 12% eram clandestinos.
Para os fabricantes no país, a perda anual é de R$ 1 bilhão --ou 20% das vendas de aparelhos originais. Em 2008, era 10%.
Para especialistas, o crescimento decorre do momento favorável da economia. Além disso, as operadoras não vendem telefones que aceitam mais de um chip simultaneamente --para não abrir caminho para os concorrentes. Isso impulsionou os modelos clandestinos.
A situação chamou a atenção do MPF (Ministério Público Federal) em Guarulhos, que prepara uma ação civil para obrigar as teles a "desligar" esses celulares --aparelhos certificados adquiridos no exterior ficariam fora.
Os celulares clandestinos podem ter alguns recursos extras (ou até superiores) mas correm o risco de ser apenas um aparelho estético -- se o principal não puder funcionar.
ResponderExcluirAo mesmo tempo, não existe qualquer esforço em implantar medidas que tornassem aparelhos importados em produtos mais baratos, uma vez que os impostos são abusivos.