domingo, 15 de abril de 2012

Caso chocante: trio de uma seita matava, comia e vendia carne humana em salgados

Um triângulo amoroso formado por Jorge Beltrão Negromonte Silveira, de 50 anos, sua mulher, Isabel Cristina Pires, de 50, e sua amante, Bruna Cristina Oliveira da Silva, de 25, seguidor de uma seita chamada Cartel, protagonizou uma história de crimes cruéis e até de canibalismo, em Garanhuns, agreste pernambucano. A série de homicídios começou a ser desvendada anteontem.
Silveira disse estar acompanhado de "um anjo" e "um querubim" e que ele obedecia a seus comandos. Ouvia vozes. No quintal da casa onde os três moravam, no Jardim Petrópolis, a polícia encontrou, enterrados, os corpos esquartejados de duas de suas vítimas: Alexandra Falcão da Silva, de 20 anos, e Giselly Helena da Silva, de 31.
Eles assumiram os crimes e confessaram consumir porções de carne e pele dos corpos como forma de "purificação da alma".
O trio retirava partes das coxas, nádegas, panturrilha e fígado das vítimas. Então temperavam e guardavam na geladeira. A carne de cada corpo era suficiente para o consumo de cinco dias. Isabel também afirmou, no depoimento à polícia, que duas vezes, por falta de carne animal, usou carne das vítimas para rechear empadas, que vendia na cidade.
Giselly foi morta no dia 25 de fevereiro e Alexandra, em 12 de março. Elas teriam sido atraídas com propostas de emprego doméstico e bom salário. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Wesley Fernandes, o trio também é autor de outro homicídio - em 2008, os três mataram a moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira, de 22 anos, em Olinda. Eles ficaram com uma menina, hoje com 5 anos, filha da vítima.
A criança, que também consumia carne humana, ajudou a desvendar o crime. Segundo o delegado, ela presenciou os homicídios e chegou a dizer que os corpos foram enterrados "para que papai do céu terminasse de matar".
De acordo com a investigação policial, depois de matar Jéssica e ficar com a sua criança, o trio passou por várias cidades, antes de se fixar em Garanhuns, em 2011.
Para não levantar suspeitas, Bruna assumiu a identidade de Jéssica e se apresentava como mãe da menina, que agora foi encaminhada ao Conselho Tutelar.
Esquizofrenia. A seita Cartel, contaram eles em depoimento, é anticapitalista e contra o crescimento populacional. O assassinato era uma missão. A meta era realizar três "missões" por ano.
Autor de um folheto - com cerca de 50 páginas de papel ofício - intitulado Revelações de um esquizofrênico, Silveira é faixa preta em caratê e se apresentava como professor de Educação Física. No texto, ele diz ser perseguido por visões e revela obsessão por matar mulheres. Isabel também disse ouvir vozes. Para o trio, as mulheres mortas foram purificadas.
Bruna ficava encarregada de fazer contato e recrutar vítimas, segundo o investigador José Júnior da Silva. Os acusados disseram à polícia que a próxima vitima já havia sido escolhida: uma moça que vive em Lagoa do Carro, a 40 quilômetros de Garanhuns.
O caso veio a público depois que parentes de Giselly denunciaram o seu desaparecimento. Os suspeitos usaram o cartão de crédito da vítima e foram achados. Mais três homicídios são investigados: um no Rio Grande do Norte, um em Pernambuco e outro na Paraíba.
Fogo. Silveira foi encaminhado para a Delegacia Pública de Garanhuns, e as duas mulheres para a Colônia Penal Feminina de Buíque. Eles não demonstraram arrependimento pelos crimes. Revoltados, vizinhos saquearam e incendiaram a casa onde eles viviam.

2 comentários:

  1. Incrível, parece enredo de filme de suspense do tipo o "o silêncio dos inocentes" ou "Seven". Só que diferente do que se passa no cinema os crimes eram perpretados por gente comum como eu, você ou nossos vizinhos e não por um assassino inteligente cheio de estratégias ou armadilhas.

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    1. O mais incrível de tudo isso, é ter passado tanto tempo sem suspeitas de ninguém, apesar de mudarem de residência com frequência. Chega quase a ser um absurdo. E a loucura do indivíduo, fazendo filmes caseiros de terror, desenhos demoníacos, livros macabros, etc, é algo além da imaginação, que mais parece filme mesmo.

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